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Empreender não é para todo mundo e talvez nem pra você

Em 01/06/2017 por Abink Escola de Negócios


Uma das percepções que venho tendo nestes últimos meses depois que resolvi iniciar a Abink Escola de Negócios e Empreendedorismo é que empreender pode não ser para você, e não tem nada de errado nisso, mas claro, isso é uma percepção pessoal, leia até o fim, eu vou te explicar.


Vou contar um pouquinho da minha história e dos meus aprendizados. Talvez eu fosse a pessoa menos indicada a ser empreendedor. Na escola, por exemplo, sempre fui um aluno nota C. Nunca fui alguém que chamasse a atenção, minhas ideias eram sempre as menos criativas, sempre fui muito tímido.


O medo de falar em público me impedia muito de fazer qualquer coisa diferente, ao ponto de perder chances incríveis simplesmente porque ficava paralisado de medo só de pensar em conversar com as pessoas.


Não podia praticar esportes, pois tinha uma asma muito forte, a ponto de correr de um poste ao outro ser motivo para acabar no hospital.  Me perseguia constantemente, muitas vezes me sentia isolado dos meus amigos, não fazia nada de diferente, era uma pessoa na média. Vindo de uma família humilde, meus pensamentos limitavam a trabalhar para não passar fome. 


Na rua onde morava, residia a família Fujimoto, ao qual tenho muito carinho, que viviam da venda de flores no mercado municipal de Taubaté. Meu primeiro emprego de verdade foi com eles, onde aprendi que um empreendedor precisa ser resiliente. Acordávamos às cinco da manhã, as vezes às 3h, e as vezes íamos até mais cedo. Ficávamos a madrugada toda montando as barracas, arrumando as flores, para logo no início da manhã os primeiros clientes chegarem. Até aqui tudo muito legal, mas ... nem tudo são flores! Em muitos finais de semana, vários obstáculos vinham para impedir que tivéssemos sucesso nas vendas. Ou era chuva ou sol demais, caminhão quebrando, concorrentes, clientes inoportunos, muitas vezes as vendas não pagavam nem a gasolina de ida até o mercado, quanto mais o meu salário.


Com todo esse cenário eu nunca vi sequer qualquer um da família Fujimoto desistir, muito pelo contrário, eles me mostraram que desistir não era uma opção. Se um dia não foi bom, no outro será; se hoje não deu certo, amanhã dará. Hoje, talvez, a família Fujimoto seja a maior referência em flores em Taubaté, mas nos bastidores eu sei que houve muito esforço e trabalho duro. 


Ainda neste período, trabalhando com flores, conheci uma casa de vídeo game. O empreendimento tinha o nome de ValNet Games, da família Taniguchi. Lá eu me encontrei com a tecnologia, trabalhava os finais de semana vendendo flores e passava a semana toda jogando vídeo game. O que eu não sabia era que os games estavam me ensinando a ser estratégico, eu jogava mais de 10 horas por dia, nos reuníamos entre amigos criando campeonatos. Na loja de games, aprendi a valorizar os competidores, uma vez que éramos amigos. Em um determinado momento, já amigo da família Taniguchi, fui convidado para trabalhar na loja de informática que eles recém tinham aberto, com o Sr. Hideto Taniguchi. 


Tenha em mente que o que eu falar a partir de agora é muito resumido, pois a minha formação de caráter, de quem eu sou e das minhas conquistas foi devido aos ensinamentos do Sr. Hideto e de sua família. Ele foi o meu primeiro mentor, meu primeiro coach, me ensinou que para empreender era preciso ter princípios, ser ético e que para ter resultado em nossa vida era preciso parar de "mimimi" e QUERER com toda intensidade. 


Lembro que uma vez, após levar horas tentando arrumar um computador, falei para ele que não conseguia e que estava desistindo. Foi quando ele me disse: “Se você quiser arrumar esse computador, você vai conseguir!”. Oras, eu tinha tentado, e ao dizer que tinha feito de tudo, mais uma vez ele me ensina que “você fez tudo que está no seu conhecimento, aprenda mais um pouco”. O resultado? No dia seguinte eu arrumei aquele computador. 


Tenho muitas outras histórias que ainda vou compartilhar com você, como quando trabalhei no provedor de internet ECOSFERA, também da família Taniguchi; como nasceu o Guia Taubaté, que hoje é o maior guia de informações sobre Taubaté; como nasceu a Abink Escola de Negócios, que é focado em ensinar as pessoas a empreenderem acima da média; e como eu me senti quando vi que tinha faturado R$ 1 milhão em pouco mais de um ano.


Quando falo que empreender não é para todos, digo que para empreender é preciso querer, querer com toda intensidade, com todo o seu coração, não olhar para a adversidade e sim para a oportunidade.


Empreender é usar a sua história, seus aprendizados, que quando chegar no seu limite e não conseguir, será preciso aprender mais um pouco, aliás, aprender a todo momento, ser resiliente e concentrar nos seus sonhos.


Aprenda que empreender não é para quem tem algum “dom” ou porque acredita que nasceu para isso, que tem que ter dinheiro ou algo assim.


Empreender é entender que você não precisa de motivação, você precisa é de compromisso com sua vida, compromisso com você! Entender que sucesso não vem da noite para o dia, que as lágrimas são necessárias para irrigar o nosso jardim de experiências, que sucesso é alimentar integridade, conhecimento e energia.


Entenda de uma vez por todas que empreender não é para todo mundo, é para quem quer de verdade.


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